Era pra ser só mais uma viagem….
Mas ela carregava nas pernas cruzadas o veneno de quem sabia ser perigo disfarçado. Ele — perdido em pensamentos — notou quando os olhos dela ficaram tempo demais nos seus dedos.
Trem lotado, corpos que se roçam sem querer… mas entre os dois, o roçar era intenção pura.
Ela se levantou. Deliberadamente devagar. O vestido leve demais pra ignorar. Passou por ele deixando o perfume agridoce da provocação. Não olhou pra trás — sabia que ele viria.
Entre um vagão e outro, na porta estreita que fechava devagar, o mundo lá fora ficou longe demais.
— “Eu te vi me olhando… desde a estação.” — a voz dela veio quase num sussurro sujo, lambendo o ouvido dele sem encostar.
Ele não respondeu. Não precisava. Mãos que seguraram cintura, corpo que colou. Ela encaixou-se como quem sabia exatamente o espaço que ocupava nele.
As mãos deslizaram pelas costas, pelas curvas escondidas debaixo do tecido fino… até subir a barra do vestido, revelar a carne quente que já se oferecia molhada — como se estivesse esperando aquilo há estações.
A respiração dela ficou presa quando ele encostou os lábios no pescoço. Mordida leve. Língua quente.
Ali não existia vergonha, só urgência.
O trem balançava e eles seguiam o ritmo.
Ele a virou de frente pra parede metálica do vagão vazio. Uma mão calava o gemido dela. A outra guiava o quadril. A pele arrepiada.
Ela arqueava-se. Abandonada. Possuída.
Entrou nela com força de quem queria morar ali.
As estocadas eram ritmadas, violentas, necessitadas. A cada impulso, um suspiro afogado, um tremor entregue.
Ela gozou com o corpo inteiro — gemendo baixo, presa entre ele e o aço frio.
E ele? Ficou. Dentro.
Como quem deixa um segredo marcado na pele.
Quando o trem parou na próxima estação… ninguém notou. Ninguém saberia.
Só eles — que carregavam no corpo o sabor de um pecado cometido sobre trilhos.
Uma viagem sem volta.
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